quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LEMBRANÇAS

Os dias vão se passando
A velhice vai chegando
A vida tem a lei do retorno
E a minha morte vivo esperando

Tive uma infãncia sem meus pais
Nunca tive alegria de vê-los em carne e osso
Mas olho para vocês meu Deus e vejo
Quanto infelizes que têm seus pais
E não tem nem sequer uma benção e um beijo carinhoso

Mas quando fiquei mocinha
Oh meu Deus quanto trabalhei
Mas tive uma grande recompensa
Encontrei um rapaz a quem muito amei

Passaram-se, as horas, os dias, os anos
Numa grande felicidade meu Deus
Passaram-se cinco anos de luta sobre luta
Depois de tantos anos, consegui que êle fôsse meu

Em todo meu tempo de casada
Tive muitas tristezas e muitas alegrias
Tristeza por não ter tido minha casa
Alegria por ter meu marido e meus filhos sempre comigo

Passaram-se anos após anos
Meus filhos fizeram sua primeira comunhão
Parecia tudo paz, alegria, felicidade
Mas tinha uma grande mágoa no coração

Está mágoa que trago no coração
Que acabou com minha alegria
Fiquei sem meu marido e filho querido
Meu coração esta sempre de luto

E hoje meu Deus, olhando o firmamento
Peço perdão pelas minhas palavras
Tenho dois filhos tão bons
Duas noras que serão minha continuação

Aí eu digo comigo mesma
Zilda tu és tão mesquinha, egoísta
Olha para trás e verás quantos filhos sem seus pais

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